25/04/2018

A Rebelde do Deserto | Alwyn Hamilton

Amani Al'Hiza
Olá visitantes de meu mundo Alaskaiano (^v^)/  Hoje, na madruga, terminei de ler essa história incrível e, agora, estou ansiosa por compartilhar o máximo de coisas legais que me lembro de sentir e pensar, enquanto a lia.

Título: A Rebelde do Deserto
Autor(a): Alwyn Hamilton
Gênero(os): Fantasia, Aventura, Ficção, Jovem Adulto
Editora: Seguinte
Lançamento: 2016
Páginas: 283
Nota: 
O deserto de Miraji é governado por mortais, mas criaturas míticas rondam as áreas mais selvagens e remotas, e há boatos de que, em algum lugar, os djinnis ainda praticam magia. De toda maneira, para os humanos o deserto é um lugar impiedoso, principalmente se você é pobre, órfão ou mulher.
Amani Al'Hiza é as três coisas. Apesar de ser uma atiradora talentosa, dona de uma mira perfeita, ela não consegue escapar da Vila da Poeira, uma cidadezinha isolada que lhe oferece como futuro um casamento forçado e a vida submissa que virá depois dele.
Para Amani, ir embora dali é mais do que um desejo - é uma necessidade. Mas ela nunca imaginou que fugiria galopando num cavalo mágico com o exército do sultão na sua cola, nem que um forasteiro misterioso seria responsável por lhe revelar o deserto que ela achava que conhecia e, uma força que ela nem imaginava possuir.

Como adolescente, posso não ter uma visão bem apurada do que é uma história com cinco estrelas. Mas, para mim, ela merece cinco estrelas. Agora, te direi o porquê. Primeiro a falar dos personagens; amei cada um, como tive muita raiva daqueles que mereciam levar um pé na bunda. Amani, por exemplo, ela é sim aquela típica adolescente com apenas 16 anos - prestes a completar 17 - muito corajosa, que realiza feitos incríveis, revoltada (e com razão) da vida que tinha. Mas não é só por isso que a Amani me ganhou completamente. Ela é verdadeira consigo; não houve uma atitude a qual eu teria feito diferente no lugar dela. Ela não me irritava, ou dizia coisas idiotas (depende do ponto de vista, eu sei). Suas falas eram incrivelmente boas, como muito inteligentes, me tirando boas risadas e sorrisos. Claro que às vezes, você se perguntava se isso sairia natural aqui, nesse mundinho. Mas em livros, tudo fica muito mais "dahora".

@andylamarca.art no instagram
Gosto de como a Amani, sempre dizia o que pensava. E como aquilo me deixava satisfeita. Enfim, a garota é maravilhosa, tanto quanto ela arrasa nas cenas de ação (como gosto dessas partes). O Jin, é daqueles personagens misteriosos que precisam existir em uma história como essa (de "adolescentizinhos", como dizem por aí), ele me dispertou curiosidade sim, e sabia que logo logo esta seria saciada, porque a graça é essa. O legal dele é como você acha que o conhece enquanto o vemos agir, porém após as coisas ficarem estranhas, seu ser acaba desconfiando do que sabias até então. Mesmo que com clichês, a história não me decepcionou, mesmo que soubesse como acabaria, eu queria ler até o fim para conferir como a autora desenrolaria toda a trama.

Sobre o andar da história, foi muito delicioso de ler. Ela em nenhum momento se devagou, ficou massante, ou coisa do tipo (até porque né, o livro só tem 200 páginas...). A história corre rápido, por isso nem vi que eu já chegava no fim. Enrolei muito para ler, pois não queria que acabasse. Mas é inevitável, o treco é tão rápido e tão bom que só foi... e rapindinho acabou T^T. Você percebe o quanto isso é verdade, quando lê os próximos capítulos e a história já não está no mesmo momento em que estava ao terminar o anterior. Dessa forma, a Amani sempre faz um resumo dos últimos acontecimentos e estamos mais uma vez acompanhando ela novamente. É bem rápido mesmo.

E para quem reclama dos livros em que o tempo que se passa para desenvolver a história ocorre tudo em um dia, uma semana, coisa do tipo. Em certo momento, a Amani passa quase 2 meses no deserto, então, não temos esse probleminha de "espaço-tempo" na história. Mas não querendo resumir o livro apenas nesses fatos, eu preciso dizer o quanto amei as cenas de ação do livro... eram demais! Mesmo que nunca os planos saíssem como a Amani e sua "cambada" imaginava (o que não teria muita graça não é mesmo?), valia a pena a tenção que eu sentia para saber se aquilo daria uma grande merda ou uma grande vitória.

Outra coisa incrível, é descobrir juntos - leitores e a Bandida de olhos azuis - os mitos e, como eles se diferem em cada lugar que ela vai conhecendo. Pois assim como nós, Amani não conhecia muito de seu próprio país, afinal, ela nunca saíra de onde nasceu, a Vila da Poeira. Então, como novatos nesse mundo místico ou melhor mítico, cada versão das histórias contadas aos poucos, vão lhe acrescentando mais e mais informações para que no fim, você entenda a completude e compreenda como essa história foi incrivelmente bem bolada (e como o treco é bom).

Há muitas questões tratadas nesse livro: civilizações, mitos, política, guerras, lutas pelos direitos, revolução, problemas sociais, enfim, tudo com aquele toque maravilhoso de fantasia. O que não tira a seriedade da coisa, de modo algum. Mas nos faz refletir; afinal, apesar da fantasia, aquele mundo não se difere tanto do nosso.

Falando em fantasia, este foi o primeiro livro que li por conta própria sobre o assunto, e, acredito que o maior também. De resto eram paradidáticos, sabe? A conclusão é: acho que comecei bem (◡‿◡✿). Sério, o que preciso dizer mais sobre esta maravilhosa história? Eu realmente gostei de tudo e não sei como dimensionar o quanto o negócio realmente não se resume a isso ou o quanto é maravilhoso, o quanto amei.

Mas, se me permite, quero falar o tanto que fiquei feliz sobre o romance que ali há. Era o livro que eu precisava, ele não é meloso, as cenas não me irritaram tanto assim, porque cês sabem meu problema com romance, se não sabem fiquem sabendo. Enfim, o romance não é o foco e graças a Deus! Porque meu ser não aguenta ter que ler romancinhos que ocorrem mais rápido que a velocidade da luz (que só pra constar, vale 299 792 458 metros por segundo!). Mas também sou daquelas que gosta, lá no fundinho, de algumas, não precisa ser muitas, algumas ceninhas, hê.

Que capa linda, eu sei 
Ah! Sobre a arte (MA-RA-VI-LHO-SA) que abre esse meu post simplesinho, eu dei uma pequena editada para melhorar um pouco a qualidade e azular, do jeito como imagino, os olhos da Amani (que são ditos no livro, como das cores do céu, assim como do mar. Devem ser bem hipnotizantes, certo?) Mas para quem quiser saber de onde peguei, aqui está o link. Sim, peguei do próprio insta da escritora, que aliás é uma fofa e está sempre a postar fanarts dos que apreciam sua história (ღ˘⌣˘ღ).

Só mais uma coisinha, (desculpe, é o que ocorre quando estou a falar de algo que amei). Essa história me encantou por muitos aspectos, um deles, é como a escritora é atenta aos detalhes e não faz nossa protagonista esquecer dos amigos que ela tanto estima. Isso me trouxe alegria ao coração, porque em alguns livros você sempre encontra o protagonista (exemplo, apenas) perdendo alguém importante e depois de algumas páginas, ele passa a esquecer a existência daquela pessoa e fica por isso. Ou quando algo é utilizado como recurso para ser legal, mas depois ignorado. Tipo, a Amani nunca abandonou sua arma que a faz única, ela não é utilizada como recurso para chamar a atenção e depois a habilidade some no desenrolar. Ela está sempre com a Amani, mesmo quando esta descobre coisas inimagináveis sobre seu eu.

Falando nisso, apesar daqueles toques de clichê, eu fui sim pega desprevenida, porque como só temos a visão da Amani, aquilo não basta para saber de tudo que irá ocorrer. Isso é bem legal.


Uma frase que me tocou, dita pela Amani: "A noite e as cores e o riso e a sensação de força e certeza no que estavam fazendo eram intoxicantes. Aquela revolução era uma lenda em desenvolvimento. O tipo de história que tinha começado muito antes de mim e continuaria muito depois. O tipo de épica que era contada várias e várias vezes para explicar como o mundo nunca mais tinha sido o mesmo depois que aquele punhado de gente viveu, lutou, venceu ou morreu tentando. E depois que terminasse, a história de alguma forma pareceria inevitável. Como se o mundo estivesse esperando para ser mudado, precisando ser salvo, e os participantes daquela trama tivessem sido todos arrancados de suas vidas comuns e colocados exatamente no lugar onde precisavam estar, como peças em um tabuleiro, esperando para fazer a história acontecer. Mas a realidade era mais louca e aterrorizante e intoxicante, e mais incerta, do que eu imaginaria. E eu poderia fazer parte daquilo. Se quisesse. Estava ficando tarde demais para pular fora daquela história, ou para arrancá-la de dentro de mim".

Espero que tenha gostado dessa excursão, tanto quanto amei escrevê-la. E espero mesmo que tenha lhe deixado, nem que um pouquinho, curioso. Recomendo muito. Obrigada pela paciência se leu até aqui, um beijão e vejo vocês em uma próxima excursão pelo Alaska (^-^)/

P.S: Meu Deus! Fiz 18 anos T^T

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